El valle del río Tocantins entre el fin del Pleistoceno y el Holoceno Medio: discutiendo hipótesis sobre poblamientos y fronteras

Autores/as

  • Lucas Bueno Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia, Universidade Federal de Santa Catarina e Laboratório de Antropologia Ambiental e Ecologia, Universidade de São Paulo
  • Juliana Betarello Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia, Universidade Federal de Sanata Catarina
  • Fernanda Lima Laboratório de Arqueologia/Museu Amazônico, Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.24215/25456377e084

Palabras clave:

Población, Tecnología lítica, Movilidad, Río Tocantins, Pleistoceno, Holoceno,

Resumen

Apresentamos neste texto uma síntese do contexto arqueológico para o vale do Rio Tocantins entre o fim do Pleistoceno e o Holoceno Médio. Através de um levantamento bibliográfico trabalhamos com uma mostra composta por 48 sítios arqueológicos para os quais dispomos de 137 datas no intervalo acima definido. A partir do cruzamento de dados sobre contexto ambiental (atual e pretérito), localização espacial, cronologia e composição artefatual desses sítios apresentamos hipóteses sobre a existência de processos diferenciados de povoamento entre médio e baixo vale, envolvendo transformação cultural e fronteiras culturais entre essas porções do vale do rio Tocantins.

Referencias

ANA - AGÃ?NCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos rios Tocantins e Araguaia: relatório síntese. Brasília, 2009.

Barberi, M.B. (et al.). Paleovegetation and paleoclimate of Vereda de Águas Emendadas, central Brazil. In: Journal of South American Earth Sciences, p. 241-254, 2000.

Behling, H. Late Quaternary Vegetation and Climate Dynamics in Southeastern Amazonia Inferred from Lagoa da Confusão in Tocantins State, Northern Brazil. In: Amazoniana, p. 27-39, 2002.

Binford 1979 Organization and formation processes: looking at curated technologies. Journal of Anthropological Research, 35(3):255-273.

Binford, L. 1980 Willow smoke and dog?s tails: hunter-gatherer settlement system and archaeological site formation. American Antiquity, V.45(1):4-19.

Bueno, L. 2008 The Early Holocene in Central Brazil: new dates to open air sites. Current Research in Pleistocene., 25: 29-32.

Bueno, L. 2007 Variabilidade Tecnológica nos sítio líticos da região do Lajeado, médio rio Tocantins. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia/USP, Suplemento 3, 540p.

Bueno, L. 2005 O sítio Lajeado 1 e os palimpsestos do Brasil Central. Revista de Arqueologia 18:25-42.

Bueno, L. 2004 Variabilidade nas indústrias líticas do Brasil entre o final do Pleistoceno e o Holceno Médio: uma questão metodológica. Revista do CEPA, v.28,n.39

Bueno, L., Isnardis, A. 2018 Peopling Central Brazilian Plateau at the onset of the Holocene: building territorial histories. Quaternary International, https://doi.org/10.1016/j.quaint.2018.01.006.

Bueno, L., Dias, A., Steele, J. 2013 The Late Pleistocene/early Holocene archaeological record in Brazil: a geo-referenced database. Quaternary International, 301: 74-93.

Bueno, L., Braga, A., Betarello, J. 2017 Abrigo do Jon e a dinâmica de ocupação do médio Tocantins ao longo do Holoceno. Especiarias ? Cadernos de Ciências Humanas, v.17(30): 115-149.

Bueno, L.; Dias, A. Povoamento inicial da América do Sul: contribuições do contexto brasileiro. In: Estudos Avançados 29 (83):119-148.

Caldarelli, S.; Costa, F.; Kern, D., 2005. Assentamentos a céu aberto de caçadorescoletores datados da transição Pleistoceno final/Holoceno inicial no Sudeste do Pará. Revista de Arqueologia, 18: 95-108.

De Blasis, P.; Robrahn-González, E. 2003. Resgate de Patrimônio Arqueológico da UHE Lajeado e seu entorno, Estado do Tocantins. Relatório Final.

Dias, A., Bueno, L. 2013 The Initial colonization of South America Eastern Lowlands: brazilian archaeology contributions to settlement of America models. In Graf, K.; Ketron, C.; Waters, M. (orgs) Paleoamerican Odissey. Center for the study of the First Americans, Department of Anthropology, Texas A&M University, p.339-357.

Dias, P. (et al.). Mid-Holocene Climate of Tropical South America: a model-data approach. In: VIMEUX, F. (et al.) (orgs). Past Climate Variability in South America and Surrounding Regions. Vol. 14, 2009.

Ferraz-Vicentini, K.; Salgado-Laboriau, M. 1996 Palynological analysis of a palm swamp in Central Brazil. In: Journal of South American Earth Sciences, vol.9, p. 207-209.

Ferraz-Vicentini, K.. 1999 História do fogo no Cerrado: uma análise palinológica. Dissertação de Mestrado, UNB, Departamento de Ecologia.

Ferreira, E.; Tokarski, D. (org.). Bacia Hidrográfica do Alto Tocantins: retrato e reflexões. ECODATA-WWF-BRASIL. 2007.

Fontana, S.L. (et al.). Palaeonvironmental changes since the Last Glacial Maximum: Patterns, timing and dynamics throughout South America. In: The Holocene, p.1203-1206, 2012.

Fritz, S.C. The climate of the Holocene and its landscape and biotic impact. In: Tellus, 2013.

Guidon, N., Pessis, A., Martin, G., 2009. Pesquisas arqueológicas na região do Parque Nacional Serra da Capivara e seu entorno (Piauí-1998/2008). FUNDHAMentos, Recife, pp. 1e61.

Haidar, R.F. et al. Florestas estacionais e áreas de ecótono no estado do Tocantins, Brasil: parâmetros estruturais, classificação das fitofisionomias florestais e subsídios para conservação. In: Acta Amazonica, vol. 43(3): 261-290. 2013.

Hales, J.; Petry, P. Freshwater ecoregions of the world. Ecoregion 324: Tocantins-Araguaia. 2013. Webpage http://www.feow.org/ecoregions/details/324. Acesso: 19/03/2018.

Hermanowski, B. (et al.). Environmental changes in southeastern Amazonia during the last 25,000 year revealed from a paleoecological record. In: Quaternary Research, v. 77, p. 138-148.

Hilbert, K. (1993). Organização e uso do espaço de grupos caçadores?coletores pré-históricos na gruta do Gavião, serra dos Carajás (PA). PUC/RS.

IPHAN 2018 Arquivos shapefile de Sítios arqueológicos georreferenciados. http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1227/

Kipnis, R.; Caldarelli, S.; Oliveira, W. 2005. Contribuição para a cronologia da colonização amazônica e suas implicações teóricas. Revista de Arqueologia, 18: 81-93

Lima, F. 2015 Interpretação paleogeográfica de sítios arqueológicos em solos arenosos: o caso do sítio MT1 na bacia do médio rio Tocantins (TO). In: Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Goiás, Instituto de Estudos Socioambientais. Goiânia.

Lima Ribeiro, M.S. (et al.). Reconstrução da composição florística no decorrer dos últimos 32.000 anos AP em áreas de Cerrados da bacia hidrográfica do rio Meia Ponte, Goiás, Brasil. In: IX Congresso da ABEQUA, 2003.

Pagli, M., Lucas, L., Lourdeau, A. 2015, Proposta de sequência tecnocultural da Serra da Capivara (Piauí) do Pleistoceno final ao Holoceno recente. Cadernos do CEOM, v.29(45):243-267.

Magalhães, M. 1994. Arqueologia de Carajás. A presença pré-histórica do homem na Amazônia, Rio de Janeiro, Companhia Vale do Rio Doce.

Magalhães, M. 2005 A Phýsis da Origem: o sentido da história na Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.

Magalhães, M.; Barbosa, C.; Fonseca, J.; Schmidt, M.; Maia, R.; Mendes, K.; Matos, A.; Maurity, G. 2016 Carajás. MAGALHÃ?ES, M.P. (org.). Amazônia Antropogênica. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2016.

Maia, R. 2017 A tecnologia lítica dos antigos grupos humanos de Carajás: sítio Capela (PA-AT-337: S11D 47/48). Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em antropologia, faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais.

Melo, M.; MARENGO, J. 2008 Simulações do clima do Holoceno médio na América do Sul com o modelo de Circulação Geral da Atmosfera do CPTEC. In: Revista Brasileira de Meteorologia, v. 23, n.2, p.190-204.

Souza, A.; Simonsen, I.; Oliveira, P. 1983-1984. Nota preliminar sobre a industria lítica da fase Terra Ronca, Arq. do Múseu de História Natural da UFMG, Vol. VIII-IX, p. 21-27, Belo Horizonte-MG.

Meggers, E. and Miller, E. 2003. Hunter?Gatherers in Amazonia during the Pleistocene?Holocene transition. In Mercader, J. (ed.), Under the Canopy: The Archaeology of Tropical Rain Forests, Rutgers University Press, pp. 291?316

Mérona, B. et al. Os peixes e a pesca no baixo rio Tocantins: vinte anos depois da UHE Tucuruí. Eletronorte, 208 p. 2010.

Miller, E. 1997. Manuscritos, compilação de datações obtidas na ELN, LT Norte/Sul, Eletronorte. Brasília.

MMA - MINISTÃ?RIO DO MEIO AMBIENTE - SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS. Caderno da Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia. Brasília: MMA, 2006.

Nelson, M. 1991 The study of technological organization. In SCHIFFER, M. (Ed.) Archaeological Method and Theory, vol.3:57-101. University of Arizona Press, Tucson.

Oliveira, J.; Vianna, S. A. 1999 O centro-oeste antes de Cabral. Revista da USP, Nº 44.

Oliveira, W. 2007 Caçadores coletores na Amazônia: eles existem. Dissertação, Programa de Pós-graduação em Arqueologia, Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, 127p.

Papalardo do Carmo, F. (et al.). Análise palinológica de sedimentos do Quaternário tardio, a partir de 44.000 anos AP, na região Centro-Sul do Estado de Goiás. In: IX Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, 2003.

Prado, L.F. et al 2013. A mid-Holocene climate reconstruction for eastern South America. In: Climate of the Past, p. 2117-2133.

Prous, A. 1991 Arqueologia Brasileira. Ed. UnB, Brasília.

RADAMBRASIL. Projeto de Levantamento de Recursos Naturais. Vol. 22, folha SC22 Tocantins, Rio de Janeiro, 1981.

Reis, R. 2013 Projeto Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia do Rio Amazonas, considerando a variabilidade e mudança climática. In: Relatório Parcial - Produto 2: o baixo rio Tocantins.

Santos, R. et al. 2016 Estudos botânicos realizados em Carajás e as perspectivas para uma abordagem etnobiológica e paleoetnobotânica. In: MAGALHÃ?ES, M.P. (org.). Amazônia Antropogênica. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2016.

Schmitz, P.I. 1987. Prehistoric hunter-gatherers of Brazil. In: Journal of World Prehistory 1, p. 53-125.

Schmitz, P. I. 1976-1977 Arqueologia de Goiás: seqüência cultural e datações de C14. Anuário de Divulgação Científica. Goiânia.

Schmitz, P.; Rosa, A.; Bittencourt, A. 2004 Arqueologia nos cerrados do Brasil Central ? Serranópolis III. Instituto Anchietano de Pesquisas ? UNISINOS, R.G.

Shot, M. 1996 An Exegesis of the Curation Concept. Journal of Anthropological Research, v.52:259-280.

Silva, J.F. et al. 2006 Spatial heterogeneity, land use and conservation in the Cerrado region of Brazil. In: Journal of Biogeography, 33(4): 536-548.

Silveira, M.. 1995. Estudos sobre estratégias de subsistência de caçadores-coletores pré-históricos do sítio Gruta do Gavião, Carajás (PA). Dissertação de mestrado MAE-USP, São Paulo.

Valdes, P.J. South American paleoclimate model simulations: how reliable are the models? In: Journal of Quaternary Science, p. 357-368, 2000.

Werneck, F.; Nogueira, C.; Colli, G.; Sites Jr., J.; Costa, G.2012 Climatic stability in the Brazilian Cerrado: implications for biogeographical connections of South American savannas, species richness and conservation in a biodiversity hotspot. Journal of Biogeography 39, 1695?1706.

Werneck, F.;Costa, G.; Colli, G.; Prado, D.; Sites Jr, J. 2011 Revisiting the historical distribution of Seasonally Dry Tropical Forests: new insights based on palaeodistribution modelling and palynological evidence. Global Ecology and Biogeography, 20, 272?288

Williams, A. 2012 The use of summed radiocarbon probability distributions in archaeology: a review of methods. Journal of Archaeological Science 39: 578-589.

Zimmermann, M.; Dias, O.; Pedreira, A.; Menestrino, E.; Araujo, R. 2005 Pesquisas arqueológicas no Estado do Tocantins. Projeto de Salvamento Arqueológico na Linha de Transmissão de Imperatriz - MA à Sambambaia - DF, Interligação Norte / Sul, Circuito II ? Projeto SALTTINS (Relatório Final) Revista Acoéme, nº3, Revista de Divulgação Científica do Núcleo Tocantinense de Arqueologia - NUTA/UNITINS.

Zimmermann, M.; Dias, O.; Pedreira, A.; Menestrino, E.; Araújo, R.; Giraldin, O.; Oliveira, D.; Menezes, R. 2004 Pesquisas Arqueológicas no Estado do Tocantins. Projeto de Salvamento Arqueológico no Trecho da Linha de Transmissão de Imperatriz - MA à Miracema do Tocantins - TO, Interligação Norte/Sul ?

SALTIMINS (Relatório Final). Revista Acoéme, nº2, Revista de Divulgação Científica do Núcleo Tocantinense de Arqueologia -NUTA/UNITINS

Publicado

2019-07-31