Geo-hidrologia de um setor de marisma da Bahía San Blas

Autores

  • Lucas Misseri Instituto Patagónico para el Estudio de los Ecosistemas Continentales (IPEEC)
  • Francisco, A. Cellone Centro de Investigaciones Geológicas (CIG)
  • Pablo, J. Bouza IPEEC-CENPAT-CONICET
  • María del Pilar Alvarez IPEEC-CENPAT-CONICET
  • Eleonora, S. Carol CIG-CONICET-UNLP

DOI:

https://doi.org/10.24215/25456377e122

Palavras-chave:

Terreno úmedo costeiro, Geomorfologia costeira, Hidrogeoquímica,

Resumo

A marisma do arroio Jabalí faz parte da Reserva Natural Provincial de Uso Múltiplo Bahía San Blas, e está localizada a sudeste da província de Buenos Aires, Argentina. O objetivo do trabalho é analisar os principais processos geo-hidrológicos que regulam a química das águas superficiais e subterrâneas deste terreno úmido e sua relação com as características geomorfológicas e pedológicas. Para isso, foi realizada uma caracterização geomorfológica com base na qual foi projetada uma rede de monitoramento de águas superficiais e subterrâneas. Foram construídos 14 freatímetros ao longo de três transectos perpendiculares ao arroio, e foram coletadas amostras de água nas quais foram analisados in situ o pH e a condutividade elétrica, e foi determinado em laboratório o conteúdo dos íons majoritários. Os dados foram analisados por meio de gráficos de relações iônicas e diagramas de classificação de águas. Por sua vez, em cada setor estudado foram escavados poços para descrever os perfis do solo e as características texturais dos sedimentos superficiais. Os resultados obtidos mostram que tanto a química da água do canal Jabalí quanto a subterrânea da marisma contém predominantemente cloretos de sódio, havendo um enriquecimento no conteúdo iônico associado a uma maior distância da boca do canal e uma posição topográfica mais elevada. O principal processo que determina a química das águas subterrâneas é a dissolução de espécies minerais formadas na superfície dos solos por evaporação da água do mar e subsequente incorporação no aqüífero por infiltração. Estes processos são favorecidos pelo clima semiárido, pela menor recorrência de inundações devido à posição topográfica elevada, e pela textura fina dos solos. Por sua vez, a oxidação de sulfetos pedogenéticos e a conseqüente acidificação do meio são propostas como outros mecanismos que condicionam a química da água.

Biografia do Autor

  • Lucas Misseri, Instituto Patagónico para el Estudio de los Ecosistemas Continentales (IPEEC)
    Becario doctoral de la Agencia Nacional de Promoción Científica y Técnica (ANPCyT) en el IPEEC-CENPAT
  • Francisco, A. Cellone, Centro de Investigaciones Geológicas (CIG)
    Becario Posdoctoral
  • Pablo, J. Bouza, IPEEC-CENPAT-CONICET
    Invstigador Principal en CONICET
  • María del Pilar Alvarez, IPEEC-CENPAT-CONICET
    Investigadora Adjunta en CONICET
  • Eleonora, S. Carol, CIG-CONICET-UNLP
    Investigadora Independiente en CONICET

Referências

Alvarez, M.P., Carol, E., Hernández, M.A. & Bouza, P. (2016) ?Groundwater dynamic, temperature and salinity response to the tide in Patagonian marshes: Observations on a coastal wetland in San José Gulf, Argentina?, Journal of South American Earth Sciences 62, pp. 1-11.

APHA (1998) Standard Methods for the Examination of Water and Waste Water, 20th ed., Washington American Public Health Association.

Boettinger, J.L. & Richardson, J.L. (2001) ?Saline and Wet Soils of Wetlands in Dry Climates?. En: Richardson, J.L. & Vepraskas, M.J. (Eds). Wetland Soils. Genesis, Hydrology, Landscapes, and Classification. Lewis Publishers, Washington, D.C., pp 398-390.

Bouza, P.J., Ríos, I., Idaszkin, Y.L. & Bortolus, A. (2019) ?Patagonian salt marsh soils and oxidizable pedogenic pyrite: solid phases controlling aluminum and iron contents in acidic soil solutions?, Environmental Earth Sciences 78(1), p. 2.

Brinson, M.M. (1989) ?Fringe wetlands in Albemarle and Pamlico sounds: landscape position, fringe swamp structure, and response to rising sea level?, Project No. 8814, Albemarle Pamlico Estuarine Study, Raleigh.

Brinson, M.M. & Malvárez, A.I. (2002) ?Temperate freshwater wetlands: types status, and threats?, Environ. Conserv. 29, pp. 115-133.

Carol, E.S., Kruse, E.E., Pousa, J.L. & Roig, A.R. (2009) ?Determination of heterogeneities in the hydraulic properties of a phreatic aquifer from tidal level fluctuations: a case in Argentina?, Hydrogeology Journal 17(7), p. 1727.

Carol, E., Mas Pla, J. & Kruse, E. (2013) ?Interaction between continental and estuarine waters in the wetlands of the northern coastal plain of Samborombón Bay, Argentina?, Appl. Geochem. Disponible en: http://dx.doi.org/10.1016/j.apgeochem.2013.03.006.

Carol, E., Bragab, F., Donnicib, S., Kruse, E. & Tosi, L. (2017) ?The hydrologic landscape of the Ajó coastal plain, Argentina: An assessment of human-induced changes?, Antropocene 18, pp. 1-14.

Cellone, F., Carol, E. & Tosi, L. (2019) ?Groundwater geochemistry in coastal wetlands: A case study in the Parque Costero del Sur biosphere reserve, Argentina?, Catena 182, pp. 1-9.

Chapman, V.J. (1960) Salt marshes and salt deserts of the world, Leonard Hill, London.

Fucks, E., Charó, M. & Pisano, F. (2012) ?Aspectos estratigráficos y geomorfológicos del sector oriental patagónico bonaerense?, Revista de la Sociedad Geológica de España 25(1-2), pp. 29-44.

Herrero, J. & Castañeda, C. (2015) ?Temporal changes in soil salinity at four saline wetlands in NE Spain?, Catena 133, pp. 145-156.

Isacch, J.P., Costa, C.S.B., Rodríguez-Gallego, L., Conde, D.; Escapa,

M., Gagliardini, D.A. & Iribarne, O.O. (2006) ?Distribution of Salt marsh plant communities associated with environmental factors along a latitudinal gradient on the southwest Atlantic coast?, Journal of Biogeography 33, pp. 888?900.

Logan, W. & Nicholson, R. (1998) ?Origin of dissolved groundwater sulphate in coastal plain sediments of the Rio de la Plata, Eastern Argentina?, Aquatic-Geochemistry 3, pp. 305-328.

Marimuthu, S., Reynolds, D.A. & La Salle, C.L.G. (2005) ?A field study of hydraulic, geochemical and stable isotope relationships in a coastal wetlands system?, Journal of Hydrology 315(1-4), pp. 93-116. Disponible en: https://doi.org/10.1016/j.jhydrol.2005.03.041.

Ritchey, E.L., McGrath, J.M. & Gehring, D. (2015) ?Determining Soil Texture by Feel?, Agriculture and Natural Resources Publications, p. 139. Disponible en: https://uknowledge.uky.edu/anr_reports/139.

Schoeneberger, P.J., Wysocki, D.A. & Benham, E.C. (2012) Soil Survey Staff. Field Book for Describing and Sampling Soils, Versión 3.0, Natural Resources Conservation Service, National Soil Survey Center, Lincoln, NE.

Servicio de Hidrografía Naval (2019) Datos abiertos ? Tablas de marea. Disponible en: http://www.hidro.gov.ar /oceanografia/Tmareas/Form_Tmareas.asp (Visitado 9 de diciembre 2019).

Simler, R. (2009) Diagrammes: Logiciel d'hydrochimie multilangage en distribution libre (Versión 6.59), Laboratoire d'Hydrogéologie d'Avignon.

Vepraskas, M.J., Wildings, L.P. & Dress, L.R. (1994) ?Aquic conditions for soil taxonomy: concepts, soil morphology and micromorphology?. En: Ringrose-Voace, Humphreys, G.S. (eds.) Soil micromorphology: studies in management and genesis, development in soil science 22, Elsevier, Amsterdam, pp. 117-131.

Wilson, A.M. & Morris, J.T. (2012) ?The influence of tidal forcing on groundwater flow and nutrient exchange in a salt marsh dominated estuary?, Biogeochemistry 108(1-3), pp. 27-38. Disponible en: https://doi:10.1007/s105330109570y.

Publicado

2020-08-29

Edição

Seção

Dossier